O poder cicatrizante da quixaba, planta com propriedades cicatrizantes
Data da publicação: 18 de junho de 2019 Categoria: Defesas de teseEstudar uma planta para conhecer seu poder cicatrizante e, ao mesmo tempo, ajudar a protegê-la do risco de extinção. A Sideroxylon obtusifolium, popularmente conhecida como quixaba, é uma árvore nativa do semiárido brasileiro, muito usada em doenças inflamatórias na medicina popular. Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Farmacologia Bioquímica da Universidade Federal do Ceará acaba de dar um passo adiante na validação do uso de suas folhas para indicações terapêuticas semelhantes às da casca e entrecasca, mais especificamente em queimaduras, com resultados promissores.
“Nós queríamos investigar algo comum na sociedade, que são as queimaduras, um agravo à saúde muito sério no âmbito do SUS”, explica Tamiris Goebel, que acaba de defender tese sobre o assunto, sob a orientação da Profª Nylane Nunes, do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. O diferencial da pesquisa é investigar a aplicação do composto extraído das folhas da quixaba (a chamada fração metanólica ou DFSO-M) nesses processos inflamatórios mais agudos, que podem ser agravados se não forem amenizados no início. A fração, de acordo com a pesquisadora, atenua a inflamação promovendo uma cicatrização do ferimento mais adequada. O trabalho foi realizado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da UFC.
TESTES
O primeiro passo da pesquisa foi a investigação em protocolos in vitro (cultivo celular em ambiente controlado em laboratório) em células isoladas, presentes na pele, permitindo simular um processo de cicatrização. Depois de uma triagem, aplicou-se o composto em macrófagos (responsáveis pela defesa do organismo contra infecções e processos inflamatórios) e fibroblastos (atuantes na regeneração) oriundos de camundongos.
A notícia original é de Síria Mapurunga e pode ser conferida na página da Agência UFC de notícias.